domingo, 29 de maio de 2011

Curiosidades sobre Cecília Meireles

 Marcada por um forte tom melancólico, mas sustentada pela racionalidade, a poesia de Cecília Meireles transforma o que há de mais etéreo, a fugacidade da vida, em imagem, sem versos derramados, intimistas ou superficiais, revelando o que há de mais belo na poesia brasileira. Devido à precisão e à musicalidade de sua linguagem, muitas vezes seu trabalho é associado à dicção lusitana e ao simbolismo. De estilo, porém, extremamente pessoal, é de difícil enquadramento, solidificando-se como intemporal. Nascida no Rio de Janeiro, perdeu os pais prematuramente. Criada pela avó materna, de origem açoriana, nunca guardou más recordações da infância e nunca deixou de fazer da vida, com todas as suas tragédias, poesia: "Essas e outras mortes na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno que, para outros, constituem aprendizagem dolorosa e, por vezes, cheia de violência", disse em entrevista à imprensa. Formando-se professora (1917), dedicou-se ao magistério. Estreou como poeta com Espectro (1917). A partir de 1922, aproximou-se do grupo de escritores católicos que, por meio de revistas como Festa, dirigida pelo poeta Tasso da Silveira, defendia a poesia simbolista de Cruz e Sousa. Publicou na época Nunca Mais (1923), Poema dos Poemas (1923) e Baladas para El-Rei (1925). Anos depois, já mais independente, alcançou prestígio com Viagem (1939), premiado pela Academia Brasileira de Letras. Em 1953, publicou Romanceiro da Inconfidência, onde recriou poeticamente a história de Tiradentes e dos outros inconfidentes das Minas Gerais do século XVII. Paralelamente à poesia, dedicou-se ao estudo de línguas, música (canto, violão, violino), história, desenho, ao jornalismo e à educação. De 1930 a 1934, no Diário de Notícias, escreveu uma página sobre ensino e, no jornal A Manhã, de 1942 a 1944, sobre folclore infantil. Criou a primeira biblioteca especializada em literatura infantil (1934), em Botafogo. Lecionou Literatura Brasileira na Universidade do Distrito Federal (1936 a 1938) e na do Texas, Estados Unidos (1940).

Fonte: http://www.espam.edu.br/index.phpmenu=nucleo&nucleo=nucleo&edicao=11&retranca=69

Postado por: Fernando

Frases de Cecília Meireles

entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação de meus desejos afligidos

(Cecília Meireles)


Ah! se nem eu sei quem sou,/ como posso esperar que venha alguêma gostar de Mim?

(Cecília Meireles)


Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena.

(Cecília Meireles)


Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.

(Cecília Meireles)


Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.

(Cecília Meireles)


O primeiro amor e eterno, apesar de pertencer a um passado distante.

(Cecília Meireles)


Adestrei-me com o vento e minha festa é a tempestade.

(Cecília Meireles)


Aprendi com a primavera a me deixar cortar. E a voltar sempre inteira.

(Cecília Meireles)


APRENDI COM A PRIMAVERA A ME DEIXAR CORTAR. E A VOLTAR SEMPRE INTEIRO.

(Cecília Meireles)


Faze-te sem limites no tempo.

(Cecília Meireles)


Tenho fases, como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser só sua.

(Cecília Meireles)


Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.

(Cecília Meireles)


Quando penso em voce, fecho os olhos de saudade

(Cecília Meireles)


Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(Cecília Meireles)


No misterio do sem-fim equilibra-se um planeta. E no planeta um jardim e no jardim um canteiro no canteiro uma violeta e sobre ela o dia inteiro entre o planeta e o sem-fim a asa de uma borboleta.

(Cecília Meireles)


De longe te hei de amar- da tranquila distância em que o amor é saudade e o desejo, constância.

(Cecília Meireles)


Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira.

(Cecília Meireles)


Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(Cecília Meireles)


Adestrei-me com o vento e minha festa é a tempestade.

(Cecília Meireles)


Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.

(Cecília Meireles)
 

Postado por: Fernando

Musica de Amália Rodrigues, poema de Cecília Meireles


Poema de Cecilia Meireles musicado por Alain Oulman para Amália Rodrigues

Postado por: Fernando

Características de um poema

CARACTERÍSTICAS DO POEMA


Um poema possui os seguintes elementos:


- Versos: As que compõe o poema. Cada linha um verso.
 - Estrofe: É a reunião dos versos, em blocos
 - Ritmo: É o real conteúdo da poesia dado pela repetição mais ou menos regular da intensidade poesia
 - Metro: É a divisão das sílabas. A medida vazia do sentido reproduzida pelo número regular de sílabas.
 - Rima: É a regularidade sonora que pode estar tanto no meio como no final do verso, quando não há rima, chama-se verso branco


1. Monossílabo : 1 sílaba
2. Dissílabo : 2 sílabas
3. Trissílabo : 3 sílabas
4. Tetrassílabo: 4 sílabas
5. Pentassílabo ou Redondilha Menor: 5 sílabas
6. Hexassílabo ou Heróico Quebrado: 6 sílabas
7. Heptassílabo ou Redondilha Maior: 7 sílabas
8. Octossílabo: 8 sílabas
9. Eneassílabo: 9 sílabas
10. Decassílabo: 10 sílabas
11. Hendecassílabo: 11 sílabas
12. Dodecassílabo ou alexandrino: 12 sílabas poéticas.
13. Bárbaro: 13 ou mais sílabas poéticas.

1. Monossílabo : 1 sílaba
2. Dissílabo : 2 sílabas
3. Trissílabo : 3 sílabas
4. Tetrassílabo: 4 sílabas
5. Pentassílabo ou Redondilha Menor: 5 sílabas
6. Hexassílabo ou Heróico Quebrado: 6 sílabas
7. Heptassílabo ou Redondilha Maior: 7 sílabas
8. Octossílabo: 8 sílabas
9. Eneassílabo: 9 sílabas
10. Decassílabo: 10 sílabas
11. Hendecassílabo: 11 sílabas
12. Dodecassílabo ou alexandrino: 12 sílabas poéticas.
13. Bárbaro: 13 ou mais sílabas poéticas.


Fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/literatura002.asp

Postado por: Fernando 

Modernismo

O modernismo foi um movimento literário  e artístico do início do séc. XX, cujo objetivo era o rompimento com o tradicionalismo (parnasianismo, simbolismo  e a arte acadêmica), a libertação estética, a experimentação constante e, principalmente, a independência cultural do país. Apesar da força do movimento literário modernista a base deste movimento se encontra nas artes plásticas, com destaque para a pintura.

Na década de 30, temos o início do período conhecido como Segunda Fase do Modernismo ou Fase de Consolidação (1930-1945), que é caracterizado pelo predomínio da prosa de ficção. A partir deste período, os ideais difundidos em 1922 se espalham e se normalizam, os esforços anteriores para redefinir a linguagem artística se une a um forte interesse pelas temáticas nacionalistas, percebe-se um amadurecimento nas obras dos autores da primeira fase, que continuam produzindo, e também o surgimento de novos poetas, entre eles Carlos Drummond de Andrade.

Fonte: Info Escola

Postado por Fernando

Video Explicativo:

sábado, 28 de maio de 2011

Semana da Arte Moderna


A Semana de Arte Moderna de 22, realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos.
     Seu objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922.
     A produção de uma arte brasileira, afinada com as tendências vanguardistas da Europa, sem contudo perder o caráter nacional, era uma das grandes aspirações que a Semana tinha em divulgar
.
 Fonte:http://www.pitoresco.com.br/art_data/semana/index.htm

De acordo com o catálogo da mostra, participavam da Semana os seguintes artistas: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado, John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi - com pinturas e desenhos; Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg (alemão no Brasil desde) - com esculturas; Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel (polonês em São Paulo desde 1913) - com projetos arquitetônicos. Além disso, havia escritores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida e músicos como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana
.


Postado por Caio

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Recursos poéticos


O sol, a brisa,
o amanhecer...
a vida é um convite
pra se viver...
a neblina, o vento,
o entardecer
tudo me atrai
me faz transcender!...
Preciso mais tempo
pra não suprimir
o que me fomenta
e me faz ser assim
falar deste todo,
do universo sem fim
construindo nas palavras
do poeta sonhador
o que não se resume
por ser do criador!
Tanta energia...
a vida esta aqui,
ali na frente e ao seu lado
é preciso fechar os olhos para ver...
viver,
fazer parte da orquestra,
andar lado a lado...
ser partícula de energia
no planeta!
Viver é amar e ser amado!
cinestesia, simetria, sinergia
um emaranhado?!...
Tudo é recurso...
tudo segue o rumo
em tudo sempre poesia!
O gesto, o pensamento, a ação
o respirar, o beijar, a emoção...
Recursos poéticos
em todo lugar,
é só fechar os olhos e olhar!...

Escrito por: Gabriel
Formatação: Fernando

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Biografia Cecília Meireles


Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do
Brasil, e de Matilde Benevides Meireles, professora, Cecília Benevides de Carvalho
Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Não chegou
a conhecer o pai, que morreu três meses antes de ela nascer. Ainda não tinha
três anos completos quando perdeu a mãe. Foi criada pela avó.
Concluiu o curso primário em 1910, ocasião em que recebeu de Olavo
Bilac, inspetor escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo
o curso com “distinção e louvor”. Durante sua vida inteira falou do orgulho de
ter recebido essa medalha. Terminou o curso normal no Instituto de Educação
do Rio de Janeiro em 1917. Exerceu o magistério nas escolas públicas do então
Distrito Federal. Publicou seu primeiro livro de poesias,
Casou-se com o pintor português Fernando Correia Dias em 1922, com
quem teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda (artista
teatral). Em 1935, seu marido suicidou-se; em 1940, ela se casou com o professor
e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
De 1930 a 1931, escreveu diariamente textos sobre
problemas de educação no
primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro em 1934. Aposentou-
se em 1951 como diretora de escola, porém continuou
a trabalhar no Rádio Ministério da Educação, no Rio de
Janeiro, como produtora e redatora de programas culturais.
Recebeu vários prêmios, entre os quais destacamos:
Prêmio de Tradução/Teatro, da Associação Paulista de
Críticos de Arte, em 1962; Prêmio Jabuti de Tradução
de Obra Literária, pelo livro
Poesia, pelo livro
do Livro.
Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore,
Rainer Rilke e Virginia Woolf.
 
  Espectro, em 1919.Diário de Notícias. Organizou aPoemas de Israel, em 1963, e Prêmio Jabuti deSolombra, em 1964, ambos concedidos pela Câmara Brasileira
Faleceu no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, e teve seu corpo
velado no Ministério da Educação e Cultura.
Postumamente, em 1965, a Academia Brasileira de Letras outorgou-lhe o
Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.
A grande poetisa recebeu várias homenagens públicas ao longo dos anos:
Biblioteca Infanto-Juvenil Cecília Meireles (Alto da Lapa, SP); Escola Municipal
de Primeiro Grau Cecília Meireles (Cangaíba, SP); Escola Municipal de
Educação Infantil Cecília Meireles (São Mateus, SP); Sala Cecília Meireles, um
grande salão de concertos e conferências (Largo da Lapa, RJ). É nome de rua
no bairro Jardim Japão em São Paulo e em São Domingos de Benfica, nos
arredores de Lisboa; em Ponta Delgada, capital do arquipélago dos Açores, há
uma avenida com o nome da escritora, que era neta de açoreanos. Em 1989,
uma cédula de cem cruzados novos com sua efígie foi lançada pelo Banco
Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
O Governo Federal, por decreto, instituiu 2001 como “O Ano da Literatura
Brasileira”, em comemoração ao sesquicentenário de nascimento do escritor
Silvio Romero e ao centenário de nascimento de Cecília Meireles, Murilo
Mendes e José Lins do Rego.
Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão,
húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia
Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine
Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner, foi assim julgada pelo
crítico Paulo Rónai: “Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado
da moderna poesia de língua portuguesa. Nenhum outro poeta iguala o seu
desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade
e seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva
e do nosso lirismo espontâneo... A poesia de Cecília Meireles é uma das mais
puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea.

Maria Aparecida Baccega
Livre-docente aposentada da USP, professora de pós-graduação da ECA-USP e da ESPM-USP

Pesquisa: Gustavo
Formatação: Fernando